divina das dores

Professora aposentada do IPTSP, Divinas das Dôres de Paula Cardoso, participa do programa UFG Memória - Relatos

Em 10/12/25 08:46. Atualizada em 10/12/25 08:47.

Docente já foi diretora do IPTSP e recebeu o título de professora emérita da UFG em 2021 

 

Texto: Maria Eduarda Silva

No oitavo episódio da terceira temporada do UFG Memória, a professora aposentada Divina das Dôres de Paula Cardoso, do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), contou sua história de vida, marcada por sua dedicação à ciência durante a trajetória acadêmica. 

A docente nasceu na zona rural de Caturaí, em Goiás, e veio para Goiânia a fim de investir em sua educação primária. Durante a entrevista, ela conta que desde essa época já se imaginava em um laboratório, sendo influenciada por uma radionovela para a escolha de sua profissão. 

Logo após se casar, o marido de Divina a inscreveu em um vestibular da PUC Goiás para o curso de História Natural, no qual passou e se formou em 1974. Ao mesmo tempo, trabalhava como professora do estado. Dois anos depois, entrou como professora colaboradora do IPTSP, se tornando docente auxiliar após algum tempo. O mestrado veio durante os anos 1980, no Instituto. De acordo com ela, esse foi o melhor curso de sua vida. 

Em 1997, a professora encerrou seu doutorado em Microbiologia, realizado na Universidade de São Paulo. Mesmo em outro estado, a tese teve como tema “Rotavírus em crianças de Goiânia, Goiás: Caracterização das amostras de rotavírus do grupo A pela sorotipagem, subgrupagem e padrão eletroforético”. 

A carreira e trajetória acadêmica da docente são marcadas por muita perseverança, pioneirismo e dedicação. Divina foi responsável pela implementação da disciplina de Virologia na Universidade, o que tornou a Universidade Federal de Goiás (UFG) a única universidade do estado a ter um setor de virologia, até o ano de 2021. Entre os anos de 2004 e 2006, assumiu a diretoria do IPTSP, local pelo qual demonstrou imensa gratidão e carinho. 

A docente também participou da administração da UFG, sendo pró - reitora de Pesquisa e Pós - Graduação entre os anos de 2006 e 2013. Na Capes, era reconhecida por ser uma pessoa extremamente dedicada, presente, e que lutava por bolsas e pela implantação de novos programas de pós - graduação. Sua dedicação se expressa em projetos e feitos significativos, como a implantação da primeira rede de pós - graduação no centro - oeste, fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que implementou o Programa Centro - Oeste de Pesquisa e Pós - Graduação, envolvendo uma rede de pesquisa e criação de um programa multi-institucional da região em biotecnologia. 

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Em 2017, aos 70 anos, se aposentou. Em 2021, recebeu o título de professora emérita, cerimônia na qual ressaltou o orgulho que sente pelos seus alunos: 

“Ressalto que minha alegria de docente não se atinha apenas às pesquisas e orientações. De todos os alunos, dos diferentes cursos da UFG: Veterinária, Enfermagem, Nutrição, Farmácia, Odontologia, Medicina, Biologia, Biomedicina em que ministrei aulas de Virologia, guardo as mais belas lembranças. Nunca tive um dia, uma aula em que houve qualquer indisposição, mal-estar, entre mim e qualquer aluno. Quero agradecer a todos os meus alunos. Todos absolutamente importantes na minha vida.” 

Não deixe de conferir o relato completo dessa história no canal do YouTube da UFG, clicando aqui.

 

*Maria Eduarda Silva é bolsista de jornalismo no projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa.

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

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