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IPTSP NA MÍDIA - Alejandro Luquetti, professor emérito da UFG, discute sobre a Doença de Chagas no jornal O Popular

Em 02/07/25 14:43. Atualizada em 03/07/25 09:07.

A matéria ocupou a capa da edição do jornal e traz informações sobre a pesquisa e o tratamento da doença no estado de Goiás 

Texto: Maria Eduarda Silva

O médico e professor emérito Alejandro Luquetti, que traçou parte da sua história no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), é referência internacional quando se trata de pesquisas e tratamento da doença de Chagas. Sua expertise profissional foi reconhecida pelo jornal O Popular, em que falou sobre o cenário da doença no estado.

Segundo autoridades de saúde, o estado apresenta entre 200 mil e 300 mil infectados, porém, por ser pouco sintomática, há uma dificuldade no diagnóstico, com menos de 10% de taxa de descoberta. Além disso, a doença também enfrenta um negligenciamento por acometer, principalmente, as populações mais pobres, sobretudo na América Latina. Isso porque condições precárias de moradia favorecem a proliferação do inseto vetor, o barbeiro, e pela dificuldade de acesso a serviços de saúde para diagnóstico e tratamento. 

Apesar da negligência, o estado de Goiás se destaca por pesquisas e estudos acerca da enfermidade. O médico uruguaio Alejandro Luquetti, erradicado no estado há mais de 50 anos, é um dos maiores especialistas do mundo na doença. Na entrevista para O Popular, ele conta que aprendeu muito com outros dois colegas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, até então os maiores estudiosos da patologia, Joffre Rezende e Anis Rassi, ambos já falecidos. “Formamos um trio. Há 50 anos, 10% dos pacientes do Hospital das Clínicas da UFG tinham muita gente. Era muita gente”, relembra. 

Professor emérito da UFG, aposentado desde 2011, Alejandro Luquetti atua como voluntário no Ambulatório de Chagas do Hospital das Clínicas UFG/Ebserh. Quando começou, 7% da população rural de Goiás tinham a doença por causa da presença do vetor. “Eram pessoas jovens, de 30 a 40 anos, que se apresentavam com Chagas, hoje o perfil mudou”. No cenário atual, ainda existem muitas pessoas ainda não diagnosticadas, já idosas, que apresentam complicações da doença. Mulheres jovens, em idade gestacional, também são outro perfil persistente, mas existem programas em andamento para atender essa parcela da população. Em casos de transmissão vertical, os bebês podem ser curados. 

Outro obstáculo em relação à doença é a identificação dos infectados. De acordo com a biomédica Liliane Rocha, responsável técnica pelo Programa Estadual da Doença de Chagas, um dos grandes desafios do programa é dar visibilidade aos infectados, porque 70% deles não sabem que têm a doença. 

Para contribuir com os debates acerca da doença, o IPTSP/UFG realizou, em abril deste ano, o 1º Simpósio da Doença de Chagas no estado de Goiás, a fim de fomentar o debate acerca da doença, reunindo representantes do Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e pesquisadores, incluindo o médico e professor Alejandro Luquetti. No evento, foram discutidas estratégias da saúde pública para identificar os portadores e garantir o tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

A matéria do O Popular ainda destaca a importância de combater a desinformação da população a respeito da Doença de Chagas. Muitas pessoas, além de não saberem que portam a doença, também não conseguem reconhecer o barbeiro, o que dificulta não só o tratamento, mas também as ações de prevenção. 

Confira a matéria na íntegra abaixo. 

matéria doença de chagas

 

 

*Maria Eduarda Silva é bolsista de jornalismo no projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa.

 

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

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