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Rede FunBioS busca doutorandos para estudo de fungos no Cerrado e Pantanal

Em 27/06/25 11:45. Atualizada em 27/06/25 13:17.

Seis novos pesquisadores devem ingressar em um dos três programas de pós-graduação que participam do edital conjunto, você também pode ser um integrante desta Rede inovadora no País

Texto: Karine Rodrigues
Arte: Marina Sousa

Iniciada em outubro de 2024, a Rede FunBioS - O futuro dos fungos de biomas da região Centro-Oeste: Sustentabilidade e Oportunidades para Pesquisa e Desenvolvimento da Região Centro-Oeste -, abriu o processo de seleção para o ingresso de doutorandos a fim de desenvolverem projetos alinhados aos seus objetivos. O edital conjunto dos programas de pós-graduação Programas de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular (PPGBM), Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (PPGBRPH), Medicina Tropical e Saúde Pública (PPGMTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG), oferece seis vagas para o doutorado em uma destas áreas, cuja inscrição vai até dia 30 de junho, próxima segunda-feira. Trata-se de um momento ímpar de um programa, que já nasceu cheio de entusiasmo para explorar o reino Fungi do Cerrado e do Pantanal brasileiro. A Rede FunBioS é mantida com os recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e o doutorado é resultado da chamada aprovada pela CAPES sob o nº 20/2023.

A Rede oferece vagas de doutorado para estudantes com afinidade e perfil para trabalhar com os objetivos do projeto: estudar a diversidade e o potencial biotecnológico de fungos provenientes dessas regiões. A pesquisa comparará fungos de fontes mais preservadas com aqueles de áreas com maior atividade humana, visando entender o impacto da ação antrópica. Este edital específico busca atender às demandas diretas do projeto, o que significa que os alunos selecionados trabalharão em áreas de pesquisa definidas. O edital detalhado com todas as regras para a inscrição, agrupamento das vagas e qualificações necessária ao candidato pode ser encontrado neste link. https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/320/o/EDITAL_FUNBIOS_Doutorado_-_FINAL.pdf

 

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Equipe FunBios. Da esquerda para a direita o professores: Clayton Borges (PPGBM), Mirelle Silva Bailão (PPGBM), Alexandre Melo Bailão (PPGBM) e (PPGMTSP), Célia Maria Soares (PPGMTSP) , Ludmilla Baltazar (PPGMTSP) e Jadson Bezerra (PPBRPH).


Diversidade e conservação

Além de impulsionar a pesquisa em fungos, o programa visa formar cientistas capacitados. Segundo o vice-coordenador da Rede FunBioS, professor doutor Alexandre Bailão, apesar da vasta importância dos fungos para o equilíbrio natural, há uma carência de pesquisadores e recursos destinados a essa área. Por este motivo, a Rede busca conscientizar sobre a necessidade de preservar esses organismos e promover a bioeconomia, dado o grande potencial biotecnológico dos fungos. Se todo o cronograma for cumprido à risca, os novos pesquisadores vão iniciar suas aulas no próximo semestre letivo de 2025.

De acordo com o professor Bailão, a expectativa é que os doutorandos formados pela Rede se tornem profissionais qualificados em diversidade e biologia de fungos, com aplicações na saúde humana, potencial biotecnológico e conservação. Ao final dos projetos, espera-se gerar um painel detalhado da diversidade de fungos em biomas da região Centro-Oeste, incluindo fontes de águas termais, Pantanal, cavernas e fungos endofíticos.

A pesquisa também vai dimensionar o impacto das mudanças climáticas e da ação humana na diversidade e distribuição desses organismos na região. Isso é crucial para identificar riscos à conservação dos microrganismos e à saúde humana. O aquecimento global, por exemplo, pode selecionar novas linhagens de fungos capazes de sobreviver em temperaturas mais altas, representando riscos para a saúde humana, animal e de organismos selvagens. Por outro lado, o estudo também busca identificar fungos com alto potencial biotecnológico. Isso inclui o desenvolvimento de soluções para o controle de pragas na agricultura e a descoberta de compostos com atividades bactericidas e fungicidas, que podem ser aplicados no tratamento de doenças em humanos e animais.

Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP

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