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Espaço das Profissões 2025 — Fisioterapia e Biotecnologia mostram, com ciência e prática, o potencial transformador da universidade

Em 15/05/25 10:48. Atualizada em 15/05/25 11:39.

Com atividades interativas e palestras, cursos aproximam futuros estudantes da vida universitária e das múltiplas possibilidades profissionais

 

Texto: Marina Sousa e Ana Júlia Mendes

Nos dias 06 e 07 de maio de 2025, o Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) recebeu milhares de estudantes da Educação Básica no tradicional Espaço das Profissões. Realizado anualmente no primeiro semestre, o evento tem como objetivo apresentar aos alunos do Ensino Médio e Fundamental as possibilidades de ingresso na universidade, os cursos de graduação oferecidos, os programas de assistência estudantil e as diversas áreas de atuação profissional.

Neste ano, o evento voltou a ocorrer de forma totalmente presencial, reunindo escolas públicas e privadas de diferentes regiões de Goiás. Os visitantes puderam circular pelos estandes dos cursos de graduação da UFG, interagir com professores e estudantes universitários, tirar dúvidas sobre os cursos e conhecer de perto o cotidiano acadêmico.

Entre os destaques estavam os estandes dos cursos de Fisioterapia e Biotecnologia do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP). Instalados em salas vizinhas no Centro Acadêmico Aroeira (CAA), esses dois cursos proporcionaram experiências interativas e informativas que chamaram a atenção dos visitantes e reforçaram o compromisso da UFG com a popularização da ciência e o acesso ao ensino superior.

Os visitantes dos estandes de fisioterapia e biotecnologia puderam explorar equipamentos, acompanhar demonstrações, interagir com professores e estudantes acadêmicos, e tirar dúvidas sobre as possibilidades de formação e atuação em ambas as áreas. Enquanto a Fisioterapia apostou em demonstrações práticas de técnicas, movimentos e equipamentos, a Biotecnologia destacou a presença da ciência no cotidiano por meio de experiências simples e explicações acessíveis sobre DNA, saúde, meio ambiente e indústria.

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Estudantes e professores dos cursos de Biotecnologia e Fisioterapia durante o Espaço das Profissões UFG de 2025 

 

O estande do curso de Fisioterapia da UFG se destacou no Espaço das Profissões pela variedade de experiências interativas e pelo engajamento dos participantes. Com uma apresentação dinâmica e rica em recursos didáticos, o público teve acesso a demonstrações práticas realizadas por estudantes das ligas acadêmicas, como a Liga Acadêmica de Fisioterapia Pediátrica (LAFIPED), Liga Acadêmica de Fisioterapia Multiesportiva (LAFIME), Liga Acadêmica de Fisioterapia Cardiorrespiratória (LAFCARE) e a Liga Acadêmica de Fisioterapia em Saúde da Mulher (LAFESM).

Foram oferecidas orientações sobre amamentação, testes de reflexo, simulações de liberação miofascial, explicações sobre o uso de próteses e uma impactante comparação entre pulmões de fumantes e não fumantes usando pulmões de porco — tudo pensado para despertar a curiosidade e destacar a aplicação concreta da fisioterapia no dia a dia.

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O Espaço das Profissões recebe alunos da educação básica, que puderam conhecer laboratórios, espaço físico e conversar diretamente com professores e estudantes de seus cursos de interesse


Segundo a coordenadora do curso, professora Patrícia de Sá Barros, a participação no evento teve como principal objetivo dar visibilidade ao jovem curso de Fisioterapia da UFG, criado em 2022, além de apresentar ao público as múltiplas áreas de atuação reconhecidas pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Entre as especialidades destacadas estão Fisioterapia em Acupuntura, Saúde da Mulher, Terapia Intensiva, Neurofuncional, Oncologia, Esportiva, Reumatologia, Quiropraxia, entre outras. Essa diversidade evidencia a abrangência da formação e o compromisso já consolidado do curso com uma atuação profissional voltada às demandas reais da sociedade.

A professora Patrícia ministrou palestras nos turnos matutino e vespertino, conduzindo as apresentações com clareza, entusiasmo e um forte senso de propósito. Abordou desde aspectos estruturais do curso — como duração, carga horária, número de vagas, grau acadêmico e formas de ingresso — até as possibilidades de inserção profissional, mostrando aos visitantes o impacto e a relevância da Fisioterapia. Sua atuação refletiu não apenas o compromisso institucional, mas também um genuíno desejo de orientar e inspirar os estudantes que se aproximam da escolha de uma carreira.

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Com entusiasmo e clareza, a professora Patrícia de Sá Barros, coordenadora do curso de Fisioterapia, explicou aos visitantes as diversas possibilidades de atuação na área.

 

O stand também foi uma oportunidade para mostrar o vigor e a participação ativa dos discentes no desenvolvimento do curso, que já conta com um corpo docente comprometido e uma comunidade estudantil presente em diversas frentes — como ligas acadêmicas, grupos de pesquisa e extensão, monitorias, centro acadêmico, empresa júnior e atlética. Essa estrutura fortalece o processo formativo e revela o curso de Fisioterapia da UFG como um espaço de descobertas, acolhimento e inovação para os jovens que buscam uma carreira voltada para o cuidado, a ciência e a transformação social.

A estudante Maria Alice, do 3º período e diretora de ensino da LAFIPED, contou que muitos visitantes demonstraram interesse nas áreas infantis da fisioterapia, destacando a relevância da atuação com crianças: “Duas meninas nos procuraram especialmente interessadas na área pediátrica. É muito bonito ver esse tipo de identificação acontecendo logo nesse primeiro contato com a profissão.”

Quem também se encantou com o stand foi a estudante Heloísa Fernandes, da escola Crescer. Para ela, a experiência foi marcante e educativa: “Eu achei bem esclarecedora e útil. Acho que eu gostei muito da demonstração das meninas da roleta [Lafiped] porque elas fizeram uma pergunta e isso ajuda a gente”. Heloísa ainda participou do alongamento e teste de reflexo patelar promovido pela Lafime: “Foi um pouquinho estranho porque eu estava fazendo na frente de todo mundo. Mas foi bem legal. Eles explicaram bastante sobre a flexibilidade.” 

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Discentes e Ligas Acadêmicas interagem com alunos do ensino médio e fundamental. Na maca, a aluna faz alongamento em uma estudante


Stand de Biotecnologia: ciência viva no cotidiano

Na sala ao lado, o curso de Biotecnologia preparou um espaço interativo e envolvente com a proposta de tornar a ciência mais acessível e aproximar os visitantes da realidade da formação universitária. O ambiente foi cuidadosamente pensado para desmistificar o curso e evidenciar como a biotecnologia está presente no dia a dia das pessoas, com aplicações concretas nas áreas da saúde, meio ambiente, agricultura e indústria.

A proposta pedagógica aliou clareza e dinamismo, com demonstrações práticas, modelos ilustrativos e a atuação dedicada de monitores da graduação e da pós-graduação. Juntos, eles ajudaram a traduzir conteúdos complexos em experiências significativas para estudantes da educação básica.

Sob a coordenação das professoras Liliana Borges e Viviane Zeringóta , e com o apoio de docentes do curso, os visitantes puderam observar microrganismos ao microscópio, interagir com modelos de DNA e conhecer cosméticos produzidos a partir de extratos vegetais. Um dos destaques do stand foi a participação da empresa júnior ByTechnology, que agregou uma perspectiva empreendedora ao mostrar como a biotecnologia pode ser aplicada no mercado ainda durante a graduação.

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Com foco no empreendedorismo, a empresa júnior ByTechnology mostrou como é possível aplicar a biotecnologia ao mercado já na formação universitária

 

“Desejamos que os jovens saiam da visita sabendo que a Biotecnologia está presente em muitas soluções que transformam o mundo — e que eles também podem fazer parte disso”, afirmou a coordenadora Liliana Borges.

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Presença institucional: Direção do IPTSP, coordenadoras e docentes de Biotecnologia participaram ativamente do evento.

 

Douglas Braga Gonçalves, estudante do 5º período do curso de graduação e membro da empresa júnior, destacou o entusiasmo dos próprios alunos como motivação para participar: “O pessoal do curso estava bem motivado a mostrar o que temos na Biotec, então senti que precisava participar. A ideia era conversar com os visitantes e mostrar o que a biotecnologia pode entregar a esses jovens, que ainda estão decidindo o que fazer depois do colégio.” Ele ainda ressaltou a importância da escuta ativa no evento: “Alguns ficaram confusos, outros demonstraram bastante interesse, principalmente nas áreas de biologia molecular e industrial.”

Para o professor Leonardo Martins Santana, egresso do curso e hoje docente do IPTSP, o Espaço das Profissões é uma oportunidade de reafirmar o compromisso social da universidade: “Divulgar a Biotecnologia é fundamental para que as pessoas compreendam sua importância e percebam como ela está presente em nosso dia a dia. Nosso maior objetivo, enquanto curso de uma instituição pública, é promover a disseminação do conhecimento e devolver à sociedade aquilo que nos é investido.” Essa perspectiva foi reforçada durante as palestras conduzidas por ele, que abordaram desde as formas de ingresso até a estrutura curricular do curso.

A experiência impactou até aqueles que, à primeira vista, se sentiram perdidos entre tantos conceitos científicos. Lucas Carvalho, aluno do 2º ano do ensino médio do Colégio Oswaldo Cruz, compartilhou sua impressão com entusiasmo: “Vou ser bem sincero: não entendi quase nada do que ‘tá’ rolando, mas achei muito interessante. Tinha uns negócios de cosmético, planta, umas coisas esquisitas no microscópio… Nunca tinha parado pra pensar em Biotecnologia. Não sei se vou seguir isso aí, mas com certeza fiquei curioso.” Esse tipo de reação reforça o papel transformador da universidade ao despertar a curiosidade e abrir horizontes para novos futuros possíveis.

 

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A participação ativa dos monitores da graduação e da pós-graduação permitiu que os visitantes se sentissem acolhidos e compreendidos, mesmo diante de conteúdos científicos complexos. Essa abordagem empática fez toda a diferença

O impacto do Espaço das Profissões: um encontro de futuros possíveis

Mais do que um evento informativo, o Espaço das Profissões 2025 foi um verdadeiro ponto de encontro entre o presente da universidade e o futuro dos estudantes da educação básica. As experiências nos estandes de Fisioterapia e Biotecnologia mostraram que o ambiente acadêmico pode ser dinâmico, inclusivo, criativo e profundamente transformador.

A coordenadora do curso de Biotecnologia, professora Liliana Borges, resumiu esse impacto com sensibilidade e firmeza:
“Apresentar nossos cursos à comunidade externa é reafirmar o papel da universidade pública como motor de inovação, ética e conhecimento. É dizer a esses jovens: a universidade é para vocês.”

A participação ativa da direção do Instituto — com a presença constante da diretora Flávia Aparecida de Oliveira  e da vice-diretora, Megmar Aparecida dos Santos Carneiro ao longo dos dois dias de evento — reforçou o compromisso do IPTSP com o acolhimento, a orientação e a construção de caminhos para os futuros universitários. Diversos docentes dos cursos de Biotecnologia e Fisioterapia também estiveram presentes, apoiando cada demonstração, diálogo e curiosidade dos visitantes.

O IPTSP se despede desta edição com alegria e entusiasmo, deixando um convite aberto para 2026: que ainda mais estudantes, escolas e curiosos embarquem conosco nessa jornada de descobertas.
Porque o futuro já começou — e ele pode, sim, passar por aqui.


Confira a seguir as fotos dos dois dias de atividades:
Fotos de: Ana Júlia Mendes; Leonardo Martins; Liliana Borges; Patrícia de Sá; Thiago Rocha;  Viviane Zeringóta;

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*Ana Júlia Mendes é estagiária do projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

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