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IPTSP NA MÍDIA - Professora Megmar Carneiro fala sobre a importância da vacina contra o HPV no programa Conexões

Em 22/04/25 15:56. Atualizada em 22/04/25 15:57.

Doutora em Medicina Tropical e Saúde Pública e vice - diretora do IPTSP, a professora esclareceu dúvidas acerca da vacina durante o programa da TV UFG

Texto: Maria Eduarda Silva 

A professora Megmar Carneiro, atual vice - diretora e coordenadora de graduação no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), foi convidada pelo programa Conexões, da TV UFG, para esclarecer questões relacionadas à vacina contra o HPV. A conversa foi conduzida pela jornalista Kamyla Maia e interpretada para Libras pelo intérprete Diego Barbosa. 

A entrevista foi realizada no início do mês de março deste ano, período em que o Ministério da Saúde estava promovendo estratégias para ampliar a vacinação contra a doença nos estados e municípios do país. A campanha era voltada especialmente a jovens e adolescentes entre 15 e 19 anos que ainda não receberam a vacina, mas, de acordo com a professora, adultos também podem se beneficiar: 

“A vacina tem eficácia em adultos. É claro que a dose e a resposta imunológica dependem muito da idade, então sua aplicação nessa idade [entre 9 e 14 anos] é preconizada porque pode ter uma resposta melhor. Mas ela também protege contra o desenvolvimento de displasia em adultos e, de acordo com outro estudo, desenvolvido na Tanzânia, também protege homens e mulheres contra infecções persistentes”, explica. 

 

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Apesar dos benefícios que apresenta para os adultos, a vacina contra HPV só é disponibilizada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para:

  • meninos e meninas, entre 9 e 14 anos;
  • pessoas imunossuprimidas (pessoas com HIV, transplantadas, com doenças oncológicas, vítimas de abuso sexual, entre outros) de até 45 anos. 

Para o restante da população, a vacina só é disponibilizada em clínicas particulares. 

Ao falar sobre a importância da vacina mesmo em adultos, a professora também explicou que a aplicação da dose única da vacina é suficiente para uma proteção duradoura e eficaz: 

“Inicialmente eram necessárias três doses, e agora, de acordo com estudos publicados e estatísticas robustas, uma única dose é suficiente para a sustentação da resposta virológica”. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a aplicação da dose única é importante para a operacionalização da vacina, já que o processo de cobertura vacinal se torna mais acessível.

Para Megmar, a iniciativa de resgate de vacinas é de extrema importância, uma vez que a cobertura vacinal no Brasil está muito abaixo da estimativa esperada, que seria acima de 90%:

“Os dados mostram que, no Brasil, a cobertura vacinal da primeira dose corresponde a 76% para as meninas e, da segunda dose, em torno de 60%. Para os meninos, não chega nem a 50%. Então, esse trabalho realizado pelo Ministério da Saúde é muito importante em relação à cobertura vacinal contra o HPV”, comenta. 

Ela ainda ressalta que, apesar do HPV ser o agente etiológico do câncer cervical, ele também pode ser responsável por outras neoplasias (tumores causados pela proliferação anormal de células), como câncer de pênis, câncer de cabeça e pescoço, câncer de garganta e outras complicações. 

A iniciativa prevê uma cobertura vacinal de 90%. No estado de Goiás, cerca de 24% da população entre a faixa etária de 15 a 19 anos ainda não receberam a vacina. 

Saiba mais sobre a doença 

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que afeta a pele e as mucosas e pode causar verrugas genitais até tumores malignos, como câncer de colo, pênis, boca e garganta. A transmissão ocorre através do contato direto entre uma pessoa e a mucosa ou a pele de outra pessoa infectada pelo vírus. A principal forma de transmissão ocorre durante o contato sexual com alguém contaminado, mesmo que não ocorra o ato de penetração sexual. 

A prevenção pode ser feita com o uso de preservativos em todas as relações sexuais e com a vacinação contra o HPV, forma mais eficaz de prevenção e oferecida gratuitamente pelo SUS para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, e para pessoas imunossuprimidas entre 9 e 45 anos. 

Não deixe de conferir a entrevista completa acessando o canal oficial do YouTube da TV UFG. 

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*Maria Eduarda Silva é bolsista de jornalismo no projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa.

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

Categorias: Notícias