Discentes de Fisioterapia participam do 24º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia

Texto: Maria Eduarda Silva

Entre os dias 3 e 5 de abril, a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, sediou o XXIV Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (CBGG2025), e alunos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Goiás (UFG) marcaram presença no evento. 

Durante os três dias de programação, estiveram presentes cerca de 4 mil congressistas, 296 palestrantes, nacionais e internacionais, e cerca de 240 horas de conteúdo foram ministradas aos participantes presentes. Neste ano, o tema do evento foi “Envelhecimento e Tecnologia: uma parceria entre gerações”, com o intuito de discutir o impacto da tecnologia na saúde, na assistência, no curso de vida das pessoas idosas e na sociedade brasileira. 

Ao mesmo tempo em que as tecnologias avançam, com a presença cada vez mais intensa de inteligências artificiais, assistentes virtuais, chatbots e outras tecnologias no nosso cotidiano, a população idosa também aumenta, fazendo necessário uma discussão pautada pela Geriatria e a Gerontologia. Dessa forma, é possível pensar a tecnologia como aliada às dificuldades da vida moderna enfrentadas pela população idosa, trazendo benefícios à qualidade de vida e atenção à saúde. 

O evento foi um espaço de troca e discussão em relação às tendências de envelhecimento dos últimos anos atreladas à tecnologia, além de outros grandes temas ligados à Geriatria e Gerontologia. O CBGG2025 contou com palestras, workshops, mesas - redondas e apresentações de trabalhos científicos, além da presença de palestrantes renomados da área, nacionais e internacionais. 

Experiências dos alunos 

Os cincos discentes do curso de Fisioterapia que compareceram ao congresso também são integrantes do Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Saúde Funcional e Envelhecimento (GEPESFE), liderado pela professora Ruth Losada. São eles: Matheus Marinho, Pedro Henrique Coimbra, Amanda Rosal, Karla Ferreira e Marcela Costa. 

 

No evento, eles apresentaram trabalhos científicos e compartilharam experiências relacionadas às ciências fisioterápicas.

A discente Karla Ferreira, por exemplo, aluna da segunda turma de fisioterapia da Universidade Federal de Goiás (UFG), descreveu como foi sua experiência no evento: 

“Participar do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia foi um momento único de aprendizagem e uma oportunidade especial de apresentar, a profissionais de todo o país, a produção científica que nós, do curso de Fisioterapia, realizamos aqui na UFG”. 

Atualmente, Karla está desenvolvendo um trabalho de iniciação científica, sob orientação da professora Ruth, discente de Fisioterapia no IPTSP, no qual avalia fatores ambientais modificáveis nos acidentes por quedas, situação comum e prejudicial à população idosa. A aluna teve três trabalhos submetidos e aceitos no evento, todos no eixo temático da gerontologia. 

“As temáticas abordadas nesses trabalhos foram amplamente discutidas durante o evento, reafirmando a importância e a atualidade da pesquisa realizada na universidade”, conta. 

Ela ainda destaca que as palestras do evento trouxeram atualizações importantes do meio científico, que contribuem tanto para a futura atuação profissional quanto para o desenvolvimento acadêmico atual.

“Retorno com novos olhares e perspectivas sobre a atuação e as intervenções fisioterapêuticas, o que possibilita novos questionamentos e estudos. Foi um momento de interação com profissionais de outras regiões e com diferentes linhas de pesquisa, enriquecendo a possibilidade de parcerias que contribuem para a ciência”, relata Karla Ferreira . 

Outra aluna da segunda turma de Fisioterapia, Marcela Costa, também relatou a contribuição do evento para a sua formação: 

“Essa experiência me possibilitou visualizar a imagem da profissional que anseio ser no futuro. Estar nesse ambiente, no mesmo nível de conversação com grandes profissionais, exemplos de vida e conhecimento, me mostrou aonde quero chegar daqui alguns anos de carreira. Um evento como este, dessa magnitude, com absoluta certeza será um marco para os meus próximos dias em busca de uma carreira de excelência”. 

 

 

A aluna também apresentou três trabalhos no evento, inclusive a pesquisa da iniciação científica da qual é bolsista, denominada “Dificuldades na mobilidade e atividades diárias em adultos e idosos comunitários”. Além disso, participou de palestras e rodas de conversa de grande relevância para a sua atuação como futura profissional. De acordo com Marcela, a materialização do sonho de participar do evento se deve ao apoio de fomento da FUNAPE: “Só tenho a agradecer imensamente à Fundação de Apoio à Pesquisa pela oportunidade e auxílio”. 

Outro estudante, do 7º período do curso de Fisioterapia, Matheus Marinho, também teve trabalhos submetidos e apresentados durante o evento, voltados à promoção da saúde do idoso. Ele participou das apresentações, palestras e mesas - redondas que abordaram temas como envelhecimento ativo, prevenção de incapacidades, manejo da sarcopenia, avaliação funcional e estratégias interdisciplinares de reabilitação. 

Para o estudante, estar em contato com pessoas que compartilham do mesmo interesse e compromisso com o cuidado ao idoso fortaleceu ainda mais sua decisão de se aprofundar na área de gerontologia e buscar uma formação sólida, ética e comprometida com o envelhecimento saudável. 

“Essa experiência teve um impacto profundo na minha formação acadêmica, fortalecendo o meu compromisso com a ciência, com a prática baseada em evidências e com o cuidado integral e humanizado ao idoso. O congresso reafirmou minha vontade de seguir contribuindo ativamente para o avanço da terapia geriátrica e gerontológica no Brasil”, conta. 

Ele ainda destacou que a oportunidade de estar no mesmo ambiente de outros profissionais e pesquisadores da área foi extremamente importante para a sua formação enquanto profissional: 

“A oportunidade de conhecer profissionais e estudantes da área, trocar experiências e construir uma rede de contatos também foi um fator extremamente motivador. Estar em contato com pessoas que compartilham do mesmo interesse e compromisso com o cuidado ao idoso fortaleceu ainda mais minha decisão de me aprofundar na área de gerontologia e buscar uma formação sólida, ética e comprometida com o envelhecimento saudável”. 

*Maria Eduarda Silva é bolsista de jornalismo no projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa.