Vigilância em Saúde Capacitação de Profissionais da CPLP para Monitoramento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANTs)






Vigilância em Saúde Capacitação de Profissionais da CPLP para Monitoramento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANTs)

Vigilância em Saúde Capacitação de Profissionais da CPLP para Monitoramento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANTs)

Em 24/03/25 09:49. Atualizada em 24/03/25 09:53.

A capacitação promovida pelo IPTSP/UFG e DAENT reforça a importância da qualificação de profissionais de saúde e da colaboração internacional

Texto: Marina Sousa

Na segunda quinzena de fevereiro de 2025, ocorreu a abertura oficial do último nível da Formação em Análise de Situação de Saúde para a Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANTs), promovida pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com o Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (DAENT), do Ministério da Saúde. Coordenado pela professora Marta Rovery de Souza, docente do Instituto, o curso conta com a participação de 58 alunos, entre profissionais de saúde do Brasil e de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

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Representando o corpo discente do curso, Francisco Dambo (Moçambique) e Alzerina Monteiro (Cabo Verde) enfatizaram os ganhos e avanços que a formação em DANTs possui para reorganização dos processos de trabalho e planejamento em seus sistemas nacionais de saúde


Evento de abertura e impacto da capacitação

A cerimônia de abertura contou com a presença de Letícia Oliveira Cardoso (diretora do DAENT), Rawlinson Rodrigues (assessor de assuntos internacionais do Ministério da Saúde) e Alessandra Ambrósio (representante da Associação Brasileira de Cooperação na CPLP). Os convidados ressaltaram a importância da cooperação internacional para o fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica e prevenção das DANTs, promovendo o intercâmbio de boas práticas entre os países participantes.

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O encontro também contou com a participação de Regiane Rezende, docente convidada e atual Oficial Nacional em Determinantes Sociais em Saúde, Equidade e Promoção da Saúde da OPAS/OMS no Brasil

Representando os alunos, Francisco Dambo (Moçambique) e Alzerina Monteiro (Cabo Verde) destacaram como a formação contribui para a reorganização dos processos de trabalho e planejamento nos sistemas de saúde nacionais. Durante o evento, também foram apresentados avanços alcançados pelo curso e desafios técnicos para a vigilância de DANTs, especialmente diante das emergências climáticas e do aumento de casos relacionados à saúde mental.

A seguir confira a entrevista com a coordenadora do projeto, professora Marta Rovery de Souza

Qual é a importância do último nível da formação para os participantes e seus países?

Marta Rovery: O último nível da formação é essencial para capacitar profissionais da saúde na melhoria da vigilância epidemiológica das DANTs. Ele permite uma abordagem estratégica e baseada em evidências na gestão dos sistemas de saúde, fortalecendo a cooperação entre os países da CPLP e promovendo o compartilhamento de experiências bem-sucedidas na saúde pública.

Quais foram os principais desafios enfrentados na aplicação dos conhecimentos adquiridos?

Marta Rovery: Há desafios importantes, como diferenças na infraestrutura e nos recursos disponíveis entre os países, a necessidade de adaptação das metodologias às realidades locais e a sustentação das ações a longo prazo. Além disso, emergências sanitárias e climáticas sobrecarregam os sistemas de saúde, dificultando a implementação de novas estratégias.

Como os desafios técnicos e oportunidades apontados influenciam a formulação de políticas públicas?

Marta Rovery: Os desafios indicam que é necessário desenvolver políticas de saúde mais resilientes e adaptáveis, considerando o impacto das mudanças climáticas e da saúde mental. Oportunidades surgem a partir da capacitação técnica continuada e do uso de tecnologias para análise epidemiológica, garantindo que as decisões sejam baseadas em evidências.

Quais são os próximos passos após a conclusão do curso?

Marta Rovery: Esperamos que os participantes apliquem os conhecimentos adquiridos para reformular processos de vigilância e planejamento em saúde em seus países. Também poderão ser criados novos módulos de capacitação, além da manutenção da cooperação internacional e da formação de redes de compartilhamento de experiências, fundamentais para avanços globais na gestão das DANTs.

A capacitação promovida pelo IPTSP/UFG e DAENT reforça a importância da qualificação de profissionais de saúde e da colaboração internacional, demonstrando que a prevenção e o enfrentamento das DANTs demandam estratégias sustentáveis e integradas.

Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP

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