
IPTSP NA MÍDIA - 60+ Núcleo da UFG estuda o envelhecimento
Núcleo é coordenado pela docente do IPTSP, Ruth Losada
Texto: Marina Sousa
Arte: Mailson Diaz
O envelhecimento da população é um dos grandes desafios sociais e de saúde da atualidade. De acordo com o Censo Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, cerca de 10% da população brasileira é composta por idosos. Pensando nisso, a Universidade Federal de Goiás (UFG) reativou, em julho de 2024, o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Envelhecimento (Nepev). Coordenado pela professora Ruth Losada, do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), e pela professora Valéria Pagoto, da Faculdade de Enfermagem (FEN), o Nepev tem como objetivo promover atividades interdisciplinares e multiprofissionais voltadas para o estudo e a melhoria da qualidade de vida da população idosa. O grupo também conta com a participação de outros docentes e técnico-administrativos da universidade.
Histórico do Nepev
Criado há cerca de 10 anos, o Nepev teve suas atividades interrompidas durante a pandemia de COVID-19, em 2021. Ao longo dos anos, passou por diferentes coordenações e envolveu docentes, servidores técnico-administrativos e representantes da comunidade externa.
A reativação do núcleo foi motivada por uma demanda da Reitoria e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI/UFG), que convocaram pesquisadores previamente envolvidos no projeto para uma reunião em julho de 2024. O encontro resultou na aceitação do desafio de reorganizar o Nepev, agora dentro do modelo do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa, Ensino e Extensão (NIPEE), criado por meio de resolução de 2021.
O Nepev tem como foco articular diferentes unidades acadêmicas da UFG, principalmente na área da saúde, para desenvolver ações integradas relacionadas ao envelhecimento. Os docentes e pesquisadores envolvidos buscam consolidar iniciativas que já existem nas faculdades e criar novas parcerias e projetos em curto, médio e longo prazo. Segundo a professora Ruth Losada, um dos principais objetivos do Nepev é conscientizar sobre o processo de envelhecimento dentro da própria universidade, abrangendo professores, servidores e alunos. "Precisamos refletir sobre como estamos envelhecendo e nos preparar para essa realidade", destacou a coordenadora.
A professora Valéria Pagoto reforça que o envelhecimento é uma tendência global e, por isso, a criação de um núcleo como o Nepev é essencial. "Nosso papel é formar profissionais capacitados para atender essa população, desenvolver pesquisas que atendam suas necessidades e promover ações de extensão para impactar a sociedade", afirmou.
Atividades e projetos
O Nepev tem promovido iniciativas como a inclusão da temática do envelhecimento em disciplinas de graduação e pós-graduação. Esse esforço está alinhado à proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu a década de 2020-2030 como a "Década do Envelhecimento Saudável", incentivando mudanças na forma como a sociedade enxerga essa fase da vida.
Outro projeto importante é a criação de um portal que reúna todas as ações da UFG voltadas para a população idosa. "Queremos organizar as iniciativas existentes e facilitar o acesso da comunidade a essas informações", explicou a professora Ruth. Atualmente, o núcleo já atua em campanhas de conscientização, como a desenvolvida em parceria com a Secretaria de Comunicação (Secom) da UFG para celebrar o Mês da Pessoa Idosa, em outubro DE 2024. Além disso, participa de redes de colaboração com o Ministério Público e o Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa, contribuindo para soluções que beneficiem essa população.
Futuro do Nepv
Os planos para os próximos anos incluem a execução de 12 projetos já aprovados, além da ampliação de parcerias dentro e fora da universidade. "Nosso compromisso é fortalecer a pesquisa, o ensino e a extensão na área do envelhecimento, assumindo o papel de protagonismo que cabe à universidade", concluiu a professora Valéria.
Com a reativação do Nepev, a UFG reafirma seu compromisso com a formação de profissionais qualificados, a produção de conhecimento e a promoção de um envelhecimento mais digno e saudável para a população brasileira. Assista a entrevista das docentes pelo canal do Youtube da Tv UFG por meio deste link.
Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP
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