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IPTSP NA MÍDIA - Pesquisado IPTSP revela alta prevalência de HPV em Mulheres Trans em Goiânia

Em 27/01/25 09:14. Atualizada em 27/01/25 09:29.

Estudo destaca a importância da vacina de HPV para reduzir a infecção e suas complicações

Texto e arte: Marina Sousa

Um estudo realizado pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) revelou dados alarmantes sobre a prevalência do HPV (Papilomavírus Humano) em mulheres trans residentes em Goiás. A pesquisa foi conduzida sob a coordenação da professora Megmar Carneiro, vice-diretora do IPTSP, e teve como objetivo preencher a lacuna de informações epidemiológicas sobre essa população frequentemente invisibilizada.

O estudo, realizado com 268 mulheres trans em período pré-pandemia, identificou índices elevados de HPV em três sítios anatômicos:

  • Região anal: 70% de prevalência.
  • Região genital: 30%.
  • Região oral: 10%.

Os dados iniciais incluem todos os tipos de HPV, mas a pesquisa avança agora para identificar os subtipos de alto risco oncogênico, como os HPV 16 e 18, associados a 70% dos casos de câncer cervical, além de outros tipos de câncer, como os de pênis, vulva, vagina e cavidade oral.

A professora Meg destacou que o HPV é um problema de saúde pública mundial, sendo a infecção sexualmente transmissível mais comum. Apesar de geralmente ser transitório, o HPV de alto risco oncogênico pode causar lesões pré-cancerosas ou câncer caso a infecção persista. Além disso, a professora apontou que populações marginalizadas, como mulheres trans, enfrentam barreiras significativas para acessar o sistema de saúde, agravadas pela discriminação e falta de capacitação dos profissionais.

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Prevenção e Vacinação

A vacinação contra o HPV foi enfatizada como uma estratégia crucial para reduzir a infecção e suas complicações. “Pais e mães devem vacinar seus filhos ainda na infância, o que pode evitar grande parte dos casos futuros de HPV e seus impactos”, reforçou a professora Meg. Ela também ressaltou a necessidade de políticas públicas inclusivas que garantam o acesso dessa população ao cuidado integral.

Para mais detalhes sobre a pesquisa e a discussão completa com a professora Megmar Carneiro, assista à entrevista no programa Mundo UFG, disponível no canal da TV UFG no YouTube. O programa conta com recursos de acessibilidade, incluindo descrição visual e interpretação em Libras.

Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP

Categorias: Notícias