Conheça o Fortalece PSE, projeto que visa a articulação de serviços de Atenção Primária à Saúde nas escolas

Texto: Marina Sousa 

A Universidade Federal de Goiás (UFG), através da docente Edsaura Maria Pereira do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG), em parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), formaram um grupo de trabalho intersetorial. Este grupo tem como objetivo articular serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) em comunidades escolares, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), com apoio e fomento do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Saúde (MS).

A professora e coordenadora do Fortalece PSE, Edsaura Maria Pereira explica que este grupo de trabalho é formado por diversos profissionais de saúde de diversas regiões do país, que objetiva fortalecer a consolidação do Programa Saúde na Escola, criado em 2007. O projeto é uma resposta do governo à necessidade de promoção da saúde e prevenção de doenças entre crianças, adolescentes e jovens em idade escolar, com o objetivo de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica, principalmente as escolas prioritárias e pertencentes aos ciclos de adesão.

O Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI) vai atuar em três níveis de governo, tendo o território escolar como o principal  foco no desenvolvimento e  articulação entre os Institutos de Ensino Superior (IES) e os serviços de APS nas comunidades escolares como estratégia propulsora de arranjos locais para fins de implementação. Na esfera federal, a coordenação do programa é compartilhada entre o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Educação (MEC), sendo a gestão do Programa realizada no Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, na Coordenação Geral de Equidade e Determinantes Sociais em Saúde (CGEDESS/DEPPROS/SAPS/MS), e na Diretoria de Políticas e Diretrizes da Educação Básica (DPD), na Coordenação-Geral de Gestão Estratégica da Educação Básica (COGEB/DPD/SEB/MEC), respectivamente.

Neste primeiro momento o grupo do Fortalece PSE tem realizado diversas reuniões, para alinhamento de pautas e também com colaboradores, para a formação de apoio ao protagonismo juvenil e reorganização do PSE, haja visto que o projeto foi implementado em poucos lugares no país nestes 17 anos de criação.

De acordo com o professor Márcio Florentino Pereira da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), o PSE relaciona cerca de 14 temas de saúde prioritárias, que precisam ser trabalhadas a partir do conceito ampliado da saúde, da determinação social do processo saúde-doença, da intersetorialidade e da participação social, como: Saúde bucal; Alimentação saudável e prevenção da obesidade; Saúde sexual e reprodutiva e prevenção de IST/HIV; Prevenção ao uso de álcool, tabaco e drogas  e dentre outros temas.

Formação

O docente do IPTSP, Monarko Nunes de Azevedo, que também integra o grupo do Fortalece PSE, fala que a articulação entre saúde e educação é estratégia propulsora para fazer arranjos nos diversos espaços conforme a necessidade da população. Ele explica que o Projeto Fortalece PSE, têm três metas importantes, que são qualificar 54 gestores estaduais e parceiros do PSE em todas as 27 Unidades Federativas,  oferecer 10 mil vagas em um curso de atualização para capacitar gestores e trabalhadores da saúde e educação, além de  formar cerca de mil Agentes Promotores da Saúde, da Ciência e da Cidadania, envolvendo jovens estudantes e lideranças.

Esta qualificação dos gestores estaduais é um passo fundamental, pois também garante que as ações do PSE sejam bem planejadas e executadas, fortalecendo assim, a integração entre saúde e educação nas escolas, visando um ambiente mais saudável  para os alunos. “Sobre essa qualificação, vamos realizar um curso dividido em três momentos formativos. O primeiro começa na próxima semana, dia 29 de julho, com as Oficinas Regionais Remotas. Em seguida, haverá as etapas presenciais, com a oficina para a região Centro-Oeste marcada para 13 a 15 de agosto de 2024 no IPTSP.", finaliza o docente Monarko Nunes de Azevedo.