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Saúde Bucal para Comunidades Tradicionais: projeto de docente do IPTSP é apresentado durante Seminário de Avaliação Marco Zero

Em 19/06/24 16:02. Atualizada em 28/06/24 14:03.

Encontro promovido pelo Ministério da Saúde reuniu pesquisadores com trabalhos aprovadas pela chamada pública do CNPq de 2023

Texto: Marina Sousa

 

Edsaura Maria Pereira, professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública(IPTSP/UFG) participou entre os dias 10 a 14 de junho de 2024, do Seminário de Avaliação Marco Zero das Chamadas Públicas de 2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O encontro promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS) do Ministério da Saúde (MS), reuniu diversos pesquisadores e coordenadores dos projetos sobre Estudos Transdisciplinares em Saúde Coletiva, a fim de alinhar os protocolos de estudo e o planejamento para a disseminação dos resultados de cada projeto.

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Atenção em Saúde Bucal de populações em vulnerabilidade: avaliação das condições de saúde bucal e o impacto da qualidade de vida de Comunidades e Povos Tradicionais foi apresentado pela docente durante o Seminário Marco Zero - 21/2023- Estudos Transdisciplinares em Saúde Coletiva

 

A professora Edsaura Maria Pereira, coordena o projeto “Atenção em Saúde Bucal de populações em vulnerabilidade” aprovado pela Chamada Universal Nº 21/2023 do CNPq lançado em 2023, que contempla a transversalidade e a interseccionalidade em saúde coletiva para o desenvolvimento de evidências sensíveis às necessidades da saúde da população brasileira. O estudo objetiva avaliar as condições de Saúde Bucal e o impacto na qualidade de vida de Comunidades e Povos Tradicionais (CPT) nas regiões: centro-oeste, norte e nordeste. A pesquisa conta ainda com a participação dos docentes, Monarko Nunes Azevedo (IPTSP), Maria do Carmo Matias Freire (FO/UFG), Márcio Florentino Pereira (UFSB), Muna Muhammad Odeh (UnB), Luis Fernando Cardoso (UFPA), e dos pesquisadores Matheus Ribeiro (UFSB), Astrid Sarmento Cosac, Mary Anne de Souza Alves França (UFG), Luciana Labre (UniEVANGÉLICA), Pedro Ernesto Elias d’Assumpção (UFSB) e Marema Patrício de Deus (Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz).

De acordo com a apresentação feita durante o seminário, Edsaura Maria detalhou os métodos e objetivos do trabalho, que busca construir de forma colaborativa um Plano Comunitário de promoção e atenção à saúde bucal para as Comunidades de Povos Tradicionais. As ações incluem realizar um levantamento das condições de saúde bucal dessas comunidades, traçar um perfil dos serviços de saúde bucal nos municípios onde estão localizadas, bem como promover um processo de educação permanente junto às equipes de saúde bucal, gestores municipais, conselheiros de saúde e lideranças comunitárias.

 

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Print de tela da apresentação da professora Edsaura Maria Pereira

 

O professor do departamento de Saúde Coletiva do IPTSP, Monarko Nunes de Azevedo, que também integra a equipe do estudo, explica que existem notáveis desigualdades no acesso a serviços de saúde bucal e métodos preventivos entre populações tradicionais, como quilombolas, indígenas e não indígenas. “A falta de infraestrutura adequada, muitas vezes inexistente em certas regiões, aliada à carência de programas de educação em saúde bucal e ao baixo conhecimento sobre práticas de higiene bucal e prevenção, são problemas significativos. Portanto, reduzir esses obstáculos requer um esforço conjunto de políticas públicas para desenvolver soluções que sejam culturalmente sensíveis e sustentáveis a longo prazo”, declara Nunes.

A professora Edsaura Maria relata que o plano de trabalho será dividido ao longo de três anos e que a equipe espera como resultado do projeto melhorar a saúde bucal das comunidades participantes. “Queremos fortalecer os serviços de saúde bucal para essas pessoas, reduzir o tempo de espera dos pacientes, capacitar equipes de saúde e promover maior participação comunitária, além de coletar dados para políticas de saúde bucal, pois é só assim que iremos contribuir para a melhoria de vida dessas comunidades e quebrar a perpetuação de desigualdades em relação à saúde bucal”, explica a docente do IPTSP. Essa pesquisa vem ao encontro do esforço de consolidar a política de saúde bucal na Atenção Básica, AB, do SUS, com a necessidade de ampliar o acesso e cuidado em saúde bucal, dessas comunidades historicamente negligenciadas, que sofrem com a destruição ambiental de seus territórios.

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

Categorias: Notícias Departamento de Saúde Coletiva (IPTSP)