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Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de DANTs

Em 17/06/24 09:00. Atualizada em 17/06/24 09:07.

A capacitação é uma parceria da UFG e Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde

Texto: Marina Sousa
Arte: Silvestre Linhares


A Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (CGDANT), do Ministério da Saúde, financiados pelo Fundo Nacional de Saúde, oferecerão em breve a Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANTs). Coordenado pela professora Marta Rovery de Souza, do Instituto de Patologia Tropical (IPTSP/UFG), o curso visa qualificar profissionais da saúde que atuam em áreas estratégicas na vigilância de Doenças Crônicas não Transmissíveis nas secretarias estaduais de saúde.

 

Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de DANTs

 

De acordo com o Ministério da Saúde, a vigilância das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) inclui o monitoramento de doenças cardiovasculares, neoplasias, diabetes e doenças respiratórias crônicas. Essas doenças são responsáveis por mais de 70% das mortes no mundo, e as DANTs compreendem um conjunto de ações que permitem conhecer o padrão de ocorrência, tendência e mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dessas doenças. Inicialmente, serão oferecidas cerca de 50 vagas, distribuídas pelas cinco grandes regiões brasileiras. O curso também será ampliado para profissionais de saúde, dos Ministérios da Saúde, junto às comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como Guiné-Bissau, na África Ocidental; Guiné Equatorial, na África Central; e Cabo Verde, localizado na costa noroeste da África.

A Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de DANTs foi planejada em três níveis: Introdutório, Intermediário e Avançado, contribuindo para o aprimoramento das práticas profissionais nos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a coordenadora Marta Rovery de Souza, o sistema de saúde lida com uma tripla carga de enfermidades: infecciosas, crônicas não transmissíveis e aquelas relacionadas às causas externas (agressões e lesões). Além disso, enfrenta emergências de saúde pública causadas por ações humanas ou desastres naturais. Portanto, é necessário reconhecer a crescente importância dos problemas intersetoriais de saúde, associados à compreensão da dimensão "Uma Saúde/Saúde Única", com o objetivo de assegurar a saúde de todos. É exatamente isso que a formação propõe.

A professora Fernanda Ramos Parreira, da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD/UFG), coordena pedagogicamente o curso e destaca que a mudança no perfil sociodemográfico e epidemiológico da população mundial, como o aumento da expectativa de vida e a melhoria nos sistemas e serviços de saúde, impacta diretamente na redução da mortalidade e das enfermidades transmissíveis. Por isso, é necessário reorganizar e estruturar esses sistemas para promover modos de vida saudáveis, como atividade física, alimentação saudável e práticas voltadas à cultura de paz.

A Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de DANTs capacitará os profissionais para elaborar planos e ações prioritárias por meio de análises de saúde de seus territórios e populações, garantindo o melhor uso dos recursos disponíveis e a efetividade das políticas de saúde implementadas.

Dados

O Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento de Doenças Crônicas e  Agravos Não Transmissíveis no Brasil 2021-2030 quer reduzir por exemplo a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes em 2%, deter o crescimento da obesidade em adultos, aumentar a prevalência da prática de atividade física no tempo livre em 30%”, “aumentar o consumo recomendado de frutas e de hortaliças em 30%”, “reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados”, “reduzir em 30% o consumo regular de bebidas adoçadas”, “reduzir o consumo abusivo de bebidas alcoólicas em 10%”, “reduzir a prevalência de tabagismo em 40%”, “reduzir a mortalidade por DCNT atribuída à poluição atmosférica” e “atingir 90% de cobertura vacinal contra o HPV”, no Brasil, até 2030.

indicadores e metas para fatores de risco

Fonte: Fatores de risco – PNS (2019), POF 2008-2009, PeNSE (2015); Óbitos – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SVS/MS), População residente – Estimativas preliminares elaboradas pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/ Cgiae. Gastos e Internações – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Cobertura vacinal – SIS-PNI

 

Já para as metas estabelecidas para violências e acidentes são: “reduzir em 50% a taxa de mortalidade por lesões de trânsito”, “reduzir em 50% a taxa de mortalidade de ocupantes de motocicletas/triciclos”, “reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade por homicídios”, “reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade de mulheres por homicídios”, “reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade de jovens (15 a 29 anos) por homicídios”, “deter o crescimento da mortalidade por suicídios”, “deter o crescimento da mortalidade de idosos por quedas acidentais” e “aumentar em 40% o percentual de municípios notificantes no Viva/Sinan”, no Brasil, até 2030, conforme figura a seguir:

indicadores e metas para acidentes e violências

Fonte: Óbitos – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SVS/MS), População residente – Estimativas preli minares elaboradas pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/Cgiae. Notificações – Viva/Sinan.

 

Além da coordenação geral do projeto da professora Marta Rovery de Souza a  equipe conta com a seguinte composição: Coordenação Pedagógica: Fernanda Ramos Parreira; Coordenação de Tutoria: Júlio Henrique de Oliveira; Apoio Técnico e Pedagógico: Maressa Noemia Rodrigues Queiroz; Gerência Financeira: Leila Pires Simeão; Secretária Luciana Dias dos Santos e no Design, Silvestre Linhares, ambos do IPTSP/UFG.
Conheça o site do projeto: https://asis.iptsp.ufg.br/ 

Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP

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