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Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de DANTs
A capacitação é uma parceria da UFG e Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde
Texto: Marina Sousa
Arte: Silvestre Linhares
A Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (CGDANT), do Ministério da Saúde, financiados pelo Fundo Nacional de Saúde, oferecerão em breve a Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANTs). Coordenado pela professora Marta Rovery de Souza, do Instituto de Patologia Tropical (IPTSP/UFG), o curso visa qualificar profissionais da saúde que atuam em áreas estratégicas na vigilância de Doenças Crônicas não Transmissíveis nas secretarias estaduais de saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vigilância das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) inclui o monitoramento de doenças cardiovasculares, neoplasias, diabetes e doenças respiratórias crônicas. Essas doenças são responsáveis por mais de 70% das mortes no mundo, e as DANTs compreendem um conjunto de ações que permitem conhecer o padrão de ocorrência, tendência e mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dessas doenças. Inicialmente, serão oferecidas cerca de 50 vagas, distribuídas pelas cinco grandes regiões brasileiras. O curso também será ampliado para profissionais de saúde, dos Ministérios da Saúde, junto às comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como Guiné-Bissau, na África Ocidental; Guiné Equatorial, na África Central; e Cabo Verde, localizado na costa noroeste da África.
A Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de DANTs foi planejada em três níveis: Introdutório, Intermediário e Avançado, contribuindo para o aprimoramento das práticas profissionais nos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a coordenadora Marta Rovery de Souza, o sistema de saúde lida com uma tripla carga de enfermidades: infecciosas, crônicas não transmissíveis e aquelas relacionadas às causas externas (agressões e lesões). Além disso, enfrenta emergências de saúde pública causadas por ações humanas ou desastres naturais. Portanto, é necessário reconhecer a crescente importância dos problemas intersetoriais de saúde, associados à compreensão da dimensão "Uma Saúde/Saúde Única", com o objetivo de assegurar a saúde de todos. É exatamente isso que a formação propõe.
A professora Fernanda Ramos Parreira, da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD/UFG), coordena pedagogicamente o curso e destaca que a mudança no perfil sociodemográfico e epidemiológico da população mundial, como o aumento da expectativa de vida e a melhoria nos sistemas e serviços de saúde, impacta diretamente na redução da mortalidade e das enfermidades transmissíveis. Por isso, é necessário reorganizar e estruturar esses sistemas para promover modos de vida saudáveis, como atividade física, alimentação saudável e práticas voltadas à cultura de paz.
A Formação em Análise de Situação de Saúde para Vigilância de DANTs capacitará os profissionais para elaborar planos e ações prioritárias por meio de análises de saúde de seus territórios e populações, garantindo o melhor uso dos recursos disponíveis e a efetividade das políticas de saúde implementadas.
Dados
O Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis no Brasil 2021-2030 quer reduzir por exemplo a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes em 2%, deter o crescimento da obesidade em adultos, aumentar a prevalência da prática de atividade física no tempo livre em 30%”, “aumentar o consumo recomendado de frutas e de hortaliças em 30%”, “reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados”, “reduzir em 30% o consumo regular de bebidas adoçadas”, “reduzir o consumo abusivo de bebidas alcoólicas em 10%”, “reduzir a prevalência de tabagismo em 40%”, “reduzir a mortalidade por DCNT atribuída à poluição atmosférica” e “atingir 90% de cobertura vacinal contra o HPV”, no Brasil, até 2030.
![indicadores e metas para fatores de risco](https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/58/o/pagina_782_%281%29.png)
Fonte: Fatores de risco – PNS (2019), POF 2008-2009, PeNSE (2015); Óbitos – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SVS/MS), População residente – Estimativas preliminares elaboradas pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/ Cgiae. Gastos e Internações – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Cobertura vacinal – SIS-PNI
Já para as metas estabelecidas para violências e acidentes são: “reduzir em 50% a taxa de mortalidade por lesões de trânsito”, “reduzir em 50% a taxa de mortalidade de ocupantes de motocicletas/triciclos”, “reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade por homicídios”, “reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade de mulheres por homicídios”, “reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade de jovens (15 a 29 anos) por homicídios”, “deter o crescimento da mortalidade por suicídios”, “deter o crescimento da mortalidade de idosos por quedas acidentais” e “aumentar em 40% o percentual de municípios notificantes no Viva/Sinan”, no Brasil, até 2030, conforme figura a seguir:
![indicadores e metas para acidentes e violências](https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/58/o/pagina_78_%281%29.png)
Fonte: Óbitos – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SVS/MS), População residente – Estimativas preli minares elaboradas pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/Cgiae. Notificações – Viva/Sinan.
Além da coordenação geral do projeto da professora Marta Rovery de Souza a equipe conta com a seguinte composição: Coordenação Pedagógica: Fernanda Ramos Parreira; Coordenação de Tutoria: Júlio Henrique de Oliveira; Apoio Técnico e Pedagógico: Maressa Noemia Rodrigues Queiroz; Gerência Financeira: Leila Pires Simeão; Secretária Luciana Dias dos Santos e no Design, Silvestre Linhares, ambos do IPTSP/UFG.
Conheça o site do projeto: https://asis.iptsp.ufg.br/
Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP
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