IPTSP NA MÍDIA - Goiânia tem laboratório dedicado exclusivamente à doença de Chagas

Texto: Letícia Lourencetti

Arte: Mailson Diaz

O Laboratório de Pesquisa da Doença de Chagas do Hospital das Clínicas (HC-UFG/Ebserh) foi pauta no Jornal Anhanguera 2ª edição na última terça-feira, 7 de maio. A reportagem trouxe falas de Alejandro Luquetti, médico e professor emérito do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG); e Liliane Siriano, biomédica e técnica responsável pelo Programa Estadual de Doença de Chagas de Goiás. Além disso, a matéria retomou a história do Laboratório que desde sua criação, há 47 anos, foi responsável pelo diagnóstico de mais de 6000 infecções por Trypanosoma cruzi, parasito causador da Doença de Chagas.

Pioneiro por sua dedicação exclusiva ao diagnóstico e pesquisa em Doença de Chagas, o Laboratório de Chagas conta, hoje, com cerca de 4 mil amostras de seus pacientes, estando essas armazenadas em freezers e em uma câmara fria dentro de sua estrutura. O vasto arquivo é de extrema importância para que os médicos possam acompanhar a evolução dos pacientes ao longo dos anos, considerando que, em casos de diagnóstico tardio, existe a chance de que os infectados desenvolvam a doença crônica.

Trabalhando com Doença de Chagas há mais de 50 anos, Alejandro Luquetti se faz presente na história do Laboratório desde sua construção. O professor destaca que ainda existem perguntas a serem respondidas a respeito da infecção que, muitas vezes, é silenciosa. A demora no diagnóstico, a dificuldade de acesso à informação e ao tratamento, bem como o tipo de T. cruzi encontrado em Goiás são alguns fatores que, de acordo com a reportagem da TV Anhanguera, explicam o número de óbitos relacionados à doença no estado, atualmente 689 ao ano.

*Letícia Lourencetti é bolsista de jornalismo no projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa.