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Avanços no primeiro Laboratório Multiusuário com Ambiente Controlado de Nível de Biossegurança 3 (NB3) do IPTSP/UFG

Em 02/05/24 14:46. Atualizada em 03/05/24 08:50.

Laboratório será o primeiro do Estado de Goiás a ser instalado em uma universidade pública

Texto e arte: Marina Sousa

O avanço na implementação do Laboratório Multiusuário com Ambiente Controlado de Nível de Biossegurança 3 (NB3), localizado no 
Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (Cmbiotecs) do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG), está alcançando marcos significativos em um ritmo impressionante. Esta iniciativa, de grande envergadura e extrema complexidade, marca um momento histórico no Estado de Goiás ao ser a primeira instalação desse porte em uma universidade pública. O projeto, viabilizado através de um convênio com a Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEG) no valor de R$3,9 milhões, promete revolucionar a pesquisa biomédica e biotecnológica na área. O NB3, projetado para lidar com agentes biológicos de classe três, incluindo vírus, bactérias e fungos altamente infecciosos, exige instalações que atendam a rigorosos padrões de biossegurança, garantindo um ambiente propício para estudos avançados e inovadores.

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Readequação feita nas futuras instalações do NB3, localizado no Cmbiotecs/IPTSP/UFG

 

Segundo a coordenadora do Cmbiotecs, Elaine Jacob da Silva Carmo, o cronograma de trabalho com a empresa contratada para implantação da estrutura, a Biosafe - Biossegurança Brasil, está sendo seguido dentro do esperado. Ela conta de maneira muito entusiasmada que alguns equipamentos já foram adquiridos, e que as mudanças estruturais do espaço também já foram concluídas. Além disso, ela também agradece ao trabalho impecável feito pela Secretaria de Infraestrutura da UFG (SEINFRA) e Secretaria de Promoção da Segurança e Direitos Humanos da UFG (SDH) que têm sido extremamente parceiros em suas respectivas atuações para a implementação do NB3.  ‘Faço o convite aos professores da universidade que já podem ir pensando em seus projetos de pesquisa voltados para a estrutura do NB3, pois em breve o espaço estará disponível para uso”, relata a coordenadora. A diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira também compartilha deste entusiasmo, haja visto que a implantação desse laboratório era um sonho antigo. “É muito bom ouvir da Elaine que o cronograma está sendo cumprindo, que as novas cabines de biossegurança já chegaram e que em breve os dutos de ar vão ser instalados, pois o NB3 precisa de um sistema de filtragem e automação próprio que é extremamente importante para o funcionamento do laboratório”. A diretora também fez uma reflexão sobre o acompanhamento das obras, para que comunidade acadêmica acompanhe os trabalhos, “Temos que olhar isso bem de perto e juntos, para que possamos acertar nas etapas de adequação, que provavelmente serão vários requisitos a serem aplicados  e aprendidos e é só assim que iremos expandir o nosso conhecimento sobre a estrutura do NB3”. conclui a diretora.

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Simulação do Laboratório NB3, elaborada pela Biosafe - Biossegurança Brasil

 

O coordenador da Comissão de Pesquisa, André Kipnis, em colaboração com as professoras do IPTSP, Ana Paula Junqueira Kipnis e Simone Gonçalves da Fonseca, lidera uma equipe dedicada aos estudos de implantação do NB3. A expertise dos docentes abrange a gestão de práticas e procedimentos em ambientes de Cabine de Segurança Biológica (CSB), descontaminação do ambiente de trabalho, gerenciamento de resíduos, resposta a emergências e entre outras áreas essenciais.

A seguir a professora do IPTSP, Ana Paula Junqueira-Kipnis, ressalta a importância do novo laboratório para avanços em pesquisas e dá alguns detalhes sobre o funcionamento. "O laboratório NB3 apresenta pressão negativa, o que significa que o ar gerado dentro do laboratório ou qualquer contaminação que possa ocorrer fica preso dentro deste espaço, onde esse ar é filtrado por filtros potentes que são conhecidos como filtros HEPA, o que não permitem passar nenhum tipo de microrganismo para o ar externo da sala, ou seja o meio-ambiente”. A pesquisadora explica ainda que adicionalmente, toda a água gerada dentro do NB3 será tratada evitando assim, qualquer contaminação ambiental, e que para trabalhar em um laboratório NB3 é necessário treinamento específico e certificação. “A nossa experiência nesse tipo de laboratório, permitirá montar junto com uma equipe gestores, os Procedimentos Operacionais Padrão (POP), o treinamento e certificação dos usuários para a utilização deste laboratório. Pela primeira vez, um laboratório multiusuário estará pronto para responder a eventuais doenças pandêmicas que possam surgir. O que é crucial não só para a universidade, mas também para toda a comunidade”. 

Ela finaliza destacando a importância do NB3 para o avanço dos estudos visando o desenvolvimento de novas vacinas para tuberculose e a pesquisa de novas drogas para o tratamento de doenças multidroga-resistentes. Por exemplo, a utilização do NB3 permitirá a realização de procedimentos com maior segurança, incluindo o cultivo da bactéria Mycobacterium tuberculosis em estufas e a manipulação dentro de cabines de segurança biológica em um ambiente completamente selado e construído para isso.

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Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP

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