Apoio aos Programas de Saúde do Centro de Saúde Novo Mundo: integração ensino-serviço-comunidade premiada pela SMS Goiânia

Texto: Letícia Lourencetti

Foto: Ana Maria de Oliveira

O Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG) participou da IV Mostra de Educação Permanente em Saúde, promovida pela Escola Municipal de Saúde Pública e pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (EMSP/SMS), no dia 31 de outubro de 2023. Conquistando o primeiro lugar na categoria “Atividade Acadêmico-Estudantil”, o projeto “Apoio aos Programas de Saúde do Centro de Saúde Novo Mundo”, do IPTSP, recebe o reconhecimento pelo trabalho de referência na unidade em que atua há mais de 20 anos.

Atualmente o corpo docente atuante na atividade é composto por Ana Maria de Oliveira, Nádya Maciel Bomtempo, Marco Túlio Antônio Garcia-Zapata e Camila Freire Araújo, do Departamento de Medicina Tropical e Dermatologia (DMTD/IPTSP). Os professores acompanham os discentes do quarto ano de Medicina em atividades práticas, que consistem no primeiro atendimento e acompanhamento de pacientes dos programas de Tuberculose, Hanseníase, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e orientações para a imunização. Além do acompanhamento do paciente diagnosticado, a atividade abrange também a discussão de casos e agravos com os demais profissionais da unidade de saúde, além do cuidado oferecido aos contactantes, que convivem com os pacientes diagnosticados com doenças infecciosas e parasitárias.

O trabalho premiado na Mostra conta com a co-autoria de Keila Cardoso dos Santos, Maristela Rosa dos Santos e Marialva Magalhães de Oliveira, da equipe de enfermagem do Centro de Saúde, que também é conhecido como Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jardim Novo Mundo. Ana Maria de Oliveira, coordenadora do projeto, aponta o contato direto com os pacientes e a necessidade do trabalho em conjunto como pontos importantes para o aprendizado dos estudantes. “Lá nós temos o pessoal da enfermagem e nós, da medicina. Então, atuamos juntos, é uma coisa casada. A gente não pensa que são coisas diferentes, ‘isso é coisa de enfermeiro e isso é coisa de médico’, não. A gente faz um trabalho conjunto, claro, seguindo as competências de cada profissão, mas a gente faz junto para dar um bom segmento para o paciente”.

Para a professora, a premiação aconteceu devido ao ineditismo da atividade que, válido lembrar, é diferente da etapa de estágio e internato. “Quando vamos começar um semestre, é preciso levar aquela documentação toda para esclarecer tudo para a Escola [Municipal de Saúde Pública], porque os alunos não podem entrar lá se não for com o professor e se não estiver tudo documentado. No internato a atividade prática deles se chama estágio e eles já podem ficar acompanhados apenas pelos profissionais da unidade. Na atividade que nós realizamos, os professores são os responsáveis”, explica a docente.

O projeto acontece desde o ano 2000 e, durante todo o ano de 2023, recebeu pacientes nas manhãs de dois dias da semana, o que é raro para trabalhos do mesmo tipo.

*Letícia Lourencetti é bolsista de jornalismo no projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa.