
Professor Emérito da UFG, Alejandro Luquetti, Conquista Posição de Destaque no Ranking da Elsevier
Classificação analisa relevância e número de citações que os cientistas contabilizam pelo mundo
Texto: Letícia Lourencetti
Arte: Mailson Diaz
O médico e professor aposentado da Universidade Federal de Goiás (UFG) Alejandro Luquetti Ostermayer é um dos grandes nomes no fazer científico internacional que, orgulhosamente, tem o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTSP/UFG) como cenário em sua trajetória de pesquisa e atuação. Neste ano de 2023, o professor Alejandro está presente no ranking “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators”, que é publicado anualmente pela editora científica Elsevier, da Holanda, desde 2017, e que inclui nesta lista os cientistas mais influentes.
A classificação, elaborada com a expertise de especialistas da Universidade de Stanford, avalia os impactos significativos das contribuições feitas por cientistas em todo o mundo. Essa análise abrange projetos e pesquisas realizados ao longo de suas carreiras e em anos anteriores. Ao considerar indicadores como o índice de pertinência e o número de citações dos artigos, o levantamento destacou que entre os 100.000 pesquisadores mencionados, 1.294 são brasileiros. Notavelmente, a UFG se destaca com dez pesquisadores, incluindo o professor Alejandro Luquetti, nesta prestigiada lista.

Formado em medicina pela Universidad de La Republica Oriental del Uruguay, Luquetti morou na Inglaterra por três anos, onde trabalhou com imunodeficiências. Chegando em Goiânia em 1975, decidiu especializar-se e trabalhar com a Doença de Chagas que, à época, representava uma grande preocupação para a saúde pública brasileira. Atuando no laboratório de fisiologia e imunologia de tripanosomatídeos, o professor iniciou seu trabalho no IPTSP quando este ainda era localizado em seu antigo prédio, atual Museu Antropológico da UFG.
Em parceria com outros grandes nomes da medicina no estado de Goiás, Alejandro relembra o início do trabalho conjunto entre IPTSP e Hospital das Clínicas (HC-UFG) no estudo e acompanhamento de pessoas infectadas com Trypanosoma cruzi. “Foi uma parceria com dois médicos que já faleceram e que trabalharam também toda a vida na doença de Chagas: Anis Rassi e o Joffre Rezende. Os dois são ícones também, conhecidos mundialmente na doença de Chagas. E aí, formamos um grupo que trabalhou intensamente e publicamos um monte de trabalhos, por isso que tem aí essa referência [no ranking Updated science-wide author databases of standardized citation indicators]” comenta o professor.
Atualmente, além de membro da Academia Goiana de Medicina, Alejandro Luquetti é professor emérito da UFG, por sua eficiência em atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Apesar de aposentado, continua atuando no arquivo de dados do Laboratório de Pesquisa da Doença de Chagas Hospital das Clínicas (HC-UFG/Ebserh) e também como editor emérito da Revista de Patologia Tropical do IPTSP. O professor retoma a importância do trabalho em conjunto para o desenvolvimento da ciência: “A recomendação para os estudantes é que se juntem com pessoas que podem saber mais, ou mesmo que tentem trabalhar em sociedade, em conjunto. Cada um põe uma parte e aí a produção científica avança. Sozinho, ninguém faz nada”, finaliza Luquetti.
O IPTSP parabeniza o professor Alejandro Luquetti por sua notável conquista, pois mesmo após a aposentadoria, ele mantém uma dedicação incansável ao seu compromisso científico, e ainda demonstra um notável comprometimento com a Revista de Patologia Tropical do IPTSP, da qual todos no instituto se orgulham.
*Letícia Lourencetti é bolsista de jornalismo no projeto IPTSP Comunica e é supervisionada pela jornalista Marina Sousa.
Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP
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