UFG assina convênio com a FAPEG para a implantação de Laboratório Multiusuário com Ambiente Controlado de Nível de Biossegurança 3 (NB3) no IPTSP

Texto e foto: Marina Sousa

A Universidade Federal de Goiás (UFG), juntamente com o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), assinou no dia 8 de agosto (segunda-feira), um convênio com a Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEG), para a implantação do primeiro Laboratório Multiusuário com Ambiente Controlado de Nível de Biossegurança 3 na Universidade Federal de Goiás (UFG-NB3) a ser instalado no Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs) do IPTSP/UFG. O valor do convênio é de R$3,9 milhões e vai ser gerido pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FUNAPE).

O NB3 é um laboratório de alta complexidade, pois destina-se ao trabalho com agentes de risco biológico da classe 3, ou seja, com vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos causadores de doenças altamente infecciosas que acarretam elevado risco individual, portanto as instalações devem seguir rigorosas especificações técnicas com objetivo de atender aos requisitos dos níveis de biossegurança. 

Participaram da assinatura do convênio, a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, o presidente da Fapeg, Robson Domingos Vieira, a vice-diretora do IPTSP, Megmar Aparecida dos Santos Carneiro, o coordenador da Comissão de Pesquisa do IPTSP, André Kipnis; a Pró-Reitora de Pesquisa e Inovação(PRPI), Helena Carasek Cascudo; Pró-Reitora Adjunta de Pesquisa e Inovação (PRPI) e também docente do IPTSP, Fabíola Souza Fiaccadori; a diretora executiva da Fundação de Apoio à Pesquisa (FUNAPE), Sandramara Matias Chaves. O NB3 será instalado  no Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs) do IPTSP/UFG.

A diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira explica que o Laboratório NB3 na UFG traz consigo a promessa de abrir novos horizontes para o Estado de Goiás e toda a região Centro-Oeste. “O seu papel vai além do avanço científico, estendendo-se à conexão entre pesquisa e as necessidades prementes da sociedade. Isso é particularmente notável em situações críticas, como surtos, epidemias e pandemias, onde o laboratório se destaca como um recurso vital para uma resposta ágil e eficaz. O Laboratório NB3 na UFG já está firmemente comprometido com a promoção do progresso científico e tecnológico, alinhado com as demandas do presente e as perspectivas do futuro”, conta Flávia Aparecida de Oliveira.

Robson Vieira, presidente da Fapeg, lembrou que a UFG foi decisiva no combate à pandemia da Covid-19 e que agora terá condições de estar mais preparada para ajudar o Estado a enfrentar problemas semelhantes. “A Fapeg sempre busca projetos que realmente façam a diferença na sociedade. Eu testemunhei as várias tentativas de submissão do NB3 aos editais da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e que não deram certo, e então eu havia conversado com a diretora Flávia de que na primeira oportunidade que tivermos de recurso iríamos tentar. Então hoje, essa oportunidade chegou. A equipe está de parabéns, pois tivemos como converter esse recurso para o projeto”, afirmou. 

A vice-diretora do IPTSP, Megmar Aparecida dos Santos Carneiro agradeceu e também ressaltou sobre a importante parceria com a Fapeg, que tem atuado em grande cooperação com a universidade em vários projetos. “Nós estamos muito felizes e queremos agradecer a parceria com a Fapeg, pois esse laboratório será o primeiro NB3 da universidade e é um marco muito importante, pois ele é um sonho antigo, que vem desde o ano de 2008. Já vínhamos batalhando nesse projeto há tempos, por meio de outros editais, a professora Flávia também trabalhou incansavelmente para isso, então hoje o dia é de muita alegria para toda a equipe envolvida”.  

José Clecildo Barreto, docente e ex-diretor do Instituto, conta que o NB3 será um laboratório que vai promover novos caminhos para a pesquisa e vai alavancar mais ainda a instituição e isso será bom para todos, “É gerando conhecimento é que vamos  beneficiar a sociedade como um todo, com o desenvolvimento de estudos sobre vacinas, novos fármacos e aqui no IPTSP temos professores muito capacitados que estão na equipe, como os professores André Kipnis, a professora Simone Fonseca e Ana Paula Junqueira-Kipnis”.

O professor do IPTSP, André Kipnis, juntamente com as docentes Ana Paula Junqueira Kipnis e Simone Gonçalves da Fonseca, respectivamente do IPTSP, integram a equipe que vem trabalhando nos estudos de implantação do NB3. Os docentes possuem expertises no campo da imunologia e microbiologia, haja visto que, o laboratório será voltado para o desenvolvimento de estudos in vitro com patógenos como coronavírus, hantavírus, tuberculose, HIV, além dos vírus da hepatite, febre amarela e dengue. Com a devida organização de fluxo dos procedimentos de biossegurança, será expandido, além da saúde, a utilização da estrutura laboratorial para o atendimento de outras necessidades, como da biodiversidade e agronegócios, é o que explica André Kipnis. “Portanto, a implantação de um Laboratório NB3 na UFG permitirá que o Estado de Goiás e a região Centro-Oeste possam participar sem restrições de Editais, estando apto a promover o desenvolvimento da inovação tecnológica na saúde em diagnósticos e produção de bioinsumos, articulando pesquisa e interação com as demandas da sociedade”, finaliza o coordenador de pesquisa do Instituto, André Kipnis.