Tuberculose é curável e também é evitável
Conheça um pouco mais sobre a doença e dos estudos da RGPTB do IPTSP/UFG
Texto e arte: Marina Sousa
Sintomas como febre vespertina, tosse persistente por semanas e com muito escarro e sudorese noturna podem indicar sintomas da tuberculose. O agente causador da tuberculose é o bacilo denominado de Mycobacterium tuberculosis e a sua descoberta foi anunciada em 1882, e de lá para cá muitos foram os esforços científicos acerca da doença, contudo segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é um dos países com maior incidência de tuberculose no mundo - e a pandemia de COVID-19 reverteu o progresso global no combate à doença.
Até a pandemia de coronavírus (COVID-19), a tuberculose era a principal causa de morte de um único agente infeccioso, ficando acima do HIV/AIDS. A TB/ tuberculose geralmente se espalha quando as pessoas que estão doentes começam a expelir bactérias no ar (por exemplo, tossindo), visto que a doença normalmente afeta os pulmões. A notícia boa é que a doença é curável e também evitável - por isso é muito importante que os determinantes do desenvolvimento da tuberculose sejam assistidos mais de perto, como infecções, tabagismo, diabetes, pobreza, desnutrição e HIV.
No Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) há a Rede Goiana de Pesquisa em Tuberculose e micobacterioses (RGPTB), coordenado pela professora Ana Paula Junqueira Kipnis e pelo professor André Kipnis, cujo foco dos estudos é o entendimento da relação patógeno-hospedeiro buscando encontrar biomarcadores que possam ser utilizados no desenvolvimento de novos kits de diagnóstico ou de novas vacinas para a tuberculose tanto humana quanto animal.
A vacina BCG é a vacina utilizada para prevenir a tuberculose. Essa vacina é usada há mais de 100 anos, sendo considerada uma vacina segura. Estudos indicam que crianças vacinadas com BCG apresentam menor mortalidade e essa vantagem pode estar associada à habilidade da vacina BCG em melhorar a resposta imune para as vacinas utilizadas durante a infância. No ano de 2020, pesquisadores da RGPTB avaliaram se a vacina BCG, devido a esta característica, poderia evitar o agravamento e a hospitalização de profissionais da área da saúde que fossem acometidos pela COVID-19. Um ensaio clínico randomizado foi desenvolvido e observou-se que a vacina BCG apresentou uma eficácia de 32% para prevenir infecção por COVID-19, no entanto nenhum dos profissionais da área da saúde incluídos no estudo apresentou agravamento da COVID-19, impedindo a avaliação das vantagens da revacinação com BCG na prevenção dos agravos de saúde e hospitalização associados à COVID-19. Atualmente, o grupo está avaliando a resposta imune gerada pela vacinação para a finalização do projeto, que está prevista para julho de 2023.
Tendo em conta que, no dia 24 de março é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose a RGPTB preparou uma pequena série de vídeos que vão ser postados nos perfis do IPTSP (@iptsp_ufg) e da RGPTB (@rgptb.ufg) no instagram durante este mês de março, com docentes pesquisadores e médicos que estudam e tratam a TB, visto que o diagnóstico rápido é um importante passo contra doença.
Dentre os convidados estão os docentes do IPTSP, Dra. Marília Turchi, Dr. André Kipnis e Dra. Ana Paula Junqueira Kipnis. O professor Marcelo Fouad Rabahi da Faculdade de Medicina (FM/UFG); A docente da Estácio de Sá Goiás, Dra. Adeliane Castro da Costa; A docente do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Silvana Spíndola; A médica pneumologista do Hospital das Clínicas (HC-UFG), Amanda da Rocha Oliveira e a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Anete Trajman.
Os vídeos vão tratar de assuntos como a manifestação da doença, prevenção, tratamento, epidemiologia, Tuberculose e HIV e ainda sobre as vacinas para a tuberculose. Acompanhe os vídeos e não deixe de enviar a sua dúvida pelos perfis sobre a doença, pois o objetivo é oportunizar a discussão célere sobre os avanços científicos da doença e de como ela ainda impacta a vida de muitas pessoas por todo o mundo.
Confira o 1° vídeo da Série com a docente e infectologista, Marília Turchi do IPTSP/UFG.
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Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP