Docentes do IPTSP articularam 1° Encontro sobre Promoção e Educação em Saúde

Docentes do IPTSP articularam 1° Encontro sobre Promoção e Educação em Saúde

Em 27/09/22 11:36. Atualizada em 27/09/22 13:36.

Estudantes do curso de Fisioterapia e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva participaram da ação

Texto e foto: Marina Sousa

 

O Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) sediou na segunda quinzena de setembro o Primeiro Encontro “Promoção e Educação em Saúde: integração entre graduandos da Fisioterapia e mestrandos da Saúde Coletiva”, cujo enfoque foi a exposição de trabalhos elaborados pelos discentes do mestrado profissional  em  Saúde Coletiva (PPGSC), e discentes do primeiro período de graduação em Fisioterapia, em relação a ações de Promoção em Saúde. O encontro reuniu membros da Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Universidade Federal de Jataí (UFJ) e Faculdade de Enfermagem (FEN) da Universidade Federal de Goiás (UFG). 

Docentes do IPTSP articularam 1° Encontro sobre Promoção e Educação em Saúde
Professora Marta Rovery do IPTSP, falou sobre a importância de políticas afirmativas para as populações mais vulneráveis

 

De acordo com a professora do IPTSP e coordenadora do projeto, Fabiana Ribeiro Santana, o evento visou o desenvolvimento das competências principais da Promoção e Educação em Saúde, que trata sobre políticas e planos de ações sociais que são determinantes na qualidade de vida das pessoas em sociedade. 

 Promoção  e Educação em Saúde também é o nome dado a uma das disciplinas  que os estudantes da graduação e da pós-graduação compartilham, porém com um enfoque mais específico. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Promoção da Saúde é a soma das ações da população, dos serviços de saúde, das autoridades sanitárias e de outros setores sociais e produtivos, dirigidas ao desenvolvimento das melhores condições de saúde individual e coletiva. 

1° Encontro sobre Promoção e Educação em Saúde
Médica Rebecca Gomes Moura Bastos da (SMS), contou sobre a sua experiência no Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua 

 

Durante o encontro os estudantes apresentaram diversos trabalhos que articularam sobre os seguintes temas: A realidade de Mulheres em Situação de Rua; Educação Permanente em Saúde; Ações Formativas no Cuidado a Mulheres Trans em Situação de Rua;  Ações envolvendo imigrantes; População LGBTQIA+ e dentre outros. Ao todo seis grupos compostos em média por quatro alunos do curso de Fisioterapia e seis grupos de discentes do PPGSC apresentaram trabalhos.

A professora do IPTSP, Thaís Rocha Assis que também compõem o quadro da disciplina explica que esse tipo de ação dialoga com as estratégias de ensino vivenciadas pelos alunos, quando eles decidem, por exemplo, trabalhar com pautas que analisem e façam reflexões sobre as políticas de Promoção em Saúde no Estado de Goiás. “Essas apresentações de certo modo mobilizam os estudantes a buscarem princípios norteadores de práticas da Promoção em Saúde, o que  proporciona uma ótima interação com os alunos do mestrado em Saúde Coletiva - é uma troca muito rica, até pelas experiências que ambos possuem”, explica Thaís Rocha. 

1° Encontro sobre Promoção e Educação em Saúde

Evento contou com a participação de estudantes do curso de Fisioterapia e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do IPTSP

 

Cada apresentação contou com a participação de um convidado para avaliação dos trabalhos dos estudantes. Como o professor Monarko Nunes Azevedo e professora Marta Rovery, ambos do IPTSP; a professora da Faculdade de Enfermagem (FEN/UFG), Jacqueline Rodrigues de Lima; professor Diego Vieira de Matos da Universidade Federal de Jataí (UFJ); a médica Rebecca Gomes da  Secretaria Municipal de Saúde (SMS); Daya Laryssa Freitas e Fabíola Rosa da Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES). As professoras Thais Rocha, Fabiana Ribeiro Santana do IPTSP e a professora da FEN, Nilza Alves Marques foram as mediadoras das apresentações entre os estudantes e convidados, além de orientadoras dos discentes na produção dos trabalhos.

A médica Rebecca Gomes Moura Bastos, que trabalha no Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua da Prefeitura de Goiânia  parabenizou a iniciativa do projeto, visto que esse tipo de trabalho também contribui para a sensibilização dos futuros profissionais. “ Eu sempre achei primordial esse tipo de trabalho, pois muitas vezes fazemos atendimento com pessoas muito carentes e sem acesso a muitas coisas, então desde o momento de escuta no atendimento clínico até só de conversar com o paciente eles já se sentem valorizados e acabam nos falando com mais facilidade sobre suas queixas médicas. Alguns pacientes já me relataram que as pessoas de um  modo geral os tratam muito mal, como se eles fossem bichos (...) e também devemos levar em consideração que o uso de entorpecentes por esses pacientes é também uma consequência, pois a vida na rua é muito difícil. Às vezes, o uso de uma droga para aliviar  uma dor de cabeça ou uma dor de dente é o que ele tem. Então é muito importante que os estudantes possam ter esse contato desde a graduação e sobre a importância do trabalho com grupos minoritários, pois isso faz toda a diferença na formação profissional deles, ainda mais quando esses profissionais vão trabalhar no Sistema Único de Saúde, “ finaliza a médica.

A coordenadora do PPGSC Edsaura Maria Pereira  falou da relevância de uma disciplina como essa e da prática que ela proporciona “ Quando trabalhamos temas sobre diversidade, sobre as populações vulneráveis, nós estamos olhando para a nossa sociedade, para nós mesmos e de como nós encaramos essas situações, os nossos preconceitos, as nossas atitudes e a falta  de empatia em relação a tudo isso  que foi colocado aqui hoje. Então, quando vocês estudantes abordam esses temas vocês estão colocando luz  sobre essas questões (...) Precisamos procurar meios de trabalhos eficazes e que dialoguem com as pessoas que precisam desse atendimento mais próximo e humanizado”.

Fabiana Ribeiro Santana finaliza contando que o encontro foi de muito aprendizado para todos. “ Foi um troca de experiências para todos os participantes, em especial, na avaliação dos planos de intervenção de promoção da saúde de populações em situação de rua, refugiadas, quilombolas, adolescentes, mulheres em privação de liberdade, ciganos/Romani e LGBTQIA+, agradeço a participação de todos que estiveram presentes e participaram do projeto”. 

 

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

Categorias: Notícias PPGSC